Sou Ana Lygia, mulher negra, mãe de Marina e Benjamim. Tenho 53 anos e uma vida dedicada ao cuidado, à espiritualidade e à escuta profunda do corpo feminino. Minha história é tecida por uma linhagem de mulheres negras, da África ao interior de São Paulo, da dor à força. Maria Medrade, minha ancestral, foi escravizada, mas nunca subjugada. Depois vieram Maria Albertina, Maria Benedicta, Maria do Carmo — minha mãe — e agora eu, que sigo trilhando esse caminho de cura, presença e consciência. Há 30 anos iniciei minha caminhada no Candomblé Jeje, onde encontrei em Iansã minha fortaleza e em Oxum minha intuição. Há 21 anos pratico Yoga, e foi por meio dessa prática que encontrei meu Dharma: oferecer às mulheres um espaço de escuta, conexão e reconexão com seus ciclos e potências. Sou formada em Hatha Yoga, Anatomia Aplicada ao Yoga e Yoga Restaurativa. Essas formações, somadas à minha experiência pessoal com a menopausa precoce — que chegou para mim aos 43 anos —, me conduziram a um mergulho profundo nas necessidades do corpo feminino em suas diferentes fases: menstruação, gravidez, pós-parto e climatério. Entendo o Yoga não apenas como uma prática física, mas como um caminho de retorno à essência — um espaço onde o corpo respira, sente, ouve e cura. No meu trabalho, conduzo práticas que acolhem, restauram e fortalecem. Convido cada mulher a caminhar sua própria jornada com consciência, acolhimento e afeto.
